Félix da Costa confiante para a… "explosão" da Fórmula E!
É já este fim-de-semana que arranca, nas ruas de Hong Kong, a terceira época de Fórmula E, a competição dedicada aos monolugares com motores eléctricos que percorrerá quatro dos cinco continentes e em que as cores portuguesas serão defendidas por António Félix da Costa. "Estou ultra motivado para este novo desafio", assegurou o piloto que, na sua terceira temporada, alinhará numa nova e mais competitiva equipa, a MS Amlin Andretti.
"A Fórmula E está a crescer a um ritmo alucinante e para mim, enquanto piloto, é perfeito estar com uma equipa como a Andretti, para mais agora que tem ligações muito próximas com a BMW", refere Félix da Costa. Porque, apesar de estar a começar a sua terceira época, nenhuma outra disciplina conseguiu atrair tantos construtores como a Fórmula E e a uma velocidade inacreditável!
Da época passada transitam a Renault (que foi campeã de pilotos e equipas), a Citroën (através da marca DS), Mahindra (marca indiana), Venturi (monegasca) e a NextEV, construtor chinês que pretende fazer automóveis eléctricos. A Jaguar estreia-se este ano a nível oficial e a Audi, que já apoiava a equipa Abt, anunciou a entrada como equipa a partir da quarta temporada. Na quinta época (2018/19), será a vez de BMW e Mercedes entrarem com equipas oficiais neste campeonato, falando-se ainda do interesse da Volvo! Que outra competição tem tantos construtores interessados?!
A primeira prova realiza-se já este domingo (treinos livres, qualificação e corrida às 9 h portuguesas), na pista traçada nas ruas do centro de Hong Kong, num perímetro de 1,86 km. "Não é das mais técnicas do calendário e até é larga, pelo que terá vários pontos de ultrapassagem", resume Félix da Costa. "Portanto, a corrida tem tudo para ser espectacular! A gestão de energia será fundamental e, nesse aspecto, a relação que tenho com o meu engenheiro, Brice Gaillardon, dá-me enorme confiança". No entanto, é sabido que o carro da Andretti não tem um motor tão avançado com algumas das equipas da frente, como a Renault e.dams, DS Virgin, Abt Audi Sport ou Dragon Racing.
A Fórmula E é disputada por fórmulas com chassis iguais desenhados pela Dallara e construídos em fibra de carbono, com motores com níveis máximos de potência de 200 kW (equivalente a 270 cv) e baterias fornecidas pela Williams Advanced Engineering. Os pneus são da Michelin e servem tanto para piso seco como para molhado. Cada piloto tem dois carros, pois tem de trocar a meio da prova para cumprir os cerca de 85 a 90 km de extensão de cada corrida, por questões de autonomia.
Se o futuro do desporto automóvel será "isto"? Certamente que não. Mas que incluirá competições como a Fórmula E e com destaque acrescido, disso não tenhamos a mais pequena dúvida! Basta, aliás, ver o interesse crescente de pilotos de nomeada em arranjar lugar num pelotão que já se encontra esgotado… e sem os chamados pilotos pagantes!